03 May 2019 07:23
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<p>Rio - De olho na eleição, O DIA lança hoje um projeto para discutir, com os eleitores da Localidade Metropolitana, os desafios do Estado nos campos econômico e social pro próximo quadriênio. O DIA: Nessa eleição, 4 candidatos ao Palácio Guanabara têm sintonia com o governo federal e fazem dúvida nesse apoio. Uma situação inédita no Rio.</p>
<p>Isso é de fato importante? MAURO OSÓRIO: Ninguém brigou mais com o governo federal que o Carlos Lacerda pela época do Jango. E, administrativamente, talvez ninguém tenha feito mais do que ele na gestão do estado da Guanabara. Dessa maneira, eu tenho procurado relativizar isso. Até em razão de, do ponto de visibilidade republicano, fica um pouco complicado, quer dizer ou é portanto ou não vai atingir avançar?</p>
<p>Acho que esse nunca foi o principal dificuldade do estado do Rio de Janeiro. Quais seriam as questões centrais? MAURO OSÓRIO: O estado tem uma máquina pública envelhecida. No governo Cabral até foram feitos alguns concursos, mas tudo muito tímido. Tendo como exemplo, nos anos 1980, havia 1.Duzentos engenheiros no estado; de imediato, são 400. O Rio passou por uma decadência muito grande.</p>
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<p>Ausência planejamento. Nenhum dos programas de mestrado e doutorado das universidades do Rio tem uma linha de busca específica sobre o assunto economia regional ou do Rio de Janeiro. MARIA APARECIDA: Os jornais do Rio se chamam Jornal do Brasil, O Globo, O DIA, Extra. Vocês querem manifestar que não trazem o nome do estado junto?</p>
<p>MAURO OSÓRIO: É. Em São Paulo, eles trazem o nome. Porém tudo isso não é só pelo motivo de o Rio neste momento foi capital. A Nova Face Da Imigração Nos 464 Anos De São Paulo , nunca foi só burocracia. O Rio de Janeiro tem uma história nacional. MARIA APARECIDA: O Rio de Janeiro é a sala de estar do Brasil. VITOR MIHESSEN: A gente a toda a hora quota dessa questão de que o acontecimento de ter sido capital nacional trouxe uma centralização de decisões e investimentos e essa centralidade ainda perdura.</p>
<p>MAURO OSÓRIO: Essa é a nossa história. Não tinha eleição para prefeito, o que elimina mais o debate sobre a pergunta lugar. O prefeito foi nomeado por muito tempo. E o Rio sofreu como ninguém as cassações após o Golpe Militar. Nesse lugar, foram cassadas a direita e a esquerda. O Rio de Janeiro passa a ter um marco de poder corrupto a partir das cassações. Olimpíada De Matemática Premia 6,5 Mil Estudantes Com Medalhas provocou uma despolitização nas gerações seguintes ? MAURO OSÓRIO: O clientelismo surge a partir das cassações de 1964. A máquina administrativa do Rio é mais desestruturada do que as de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e de alguns estados do Nordeste.</p>
<p>MARIA APARECIDA: Tem outra coisa, Mauro. Há uma baixa institucionalização do Rio. Tal o estado como a prefeitura tem uma infraestrutura institucional muito fraca. As pessoas se prendem menos às organizações e mais às figuras políticas carismáticas. E como isso pode talvez Segredo Pra Ir é Revisar O Tema, Diz 'guru Dos Concursos' ? MAURO OSÓRIO: Não tenho dúvida que, se a gente quiser reflexionar o futuro do Rio, temos de começar pelo planejamento.</p>
<p>O governo até tem uma Secretaria de Planejamento, entretanto é muito mais pra orçamento e gestão de pessoal. A prefeitura do Rio não tem. Como pensamos uma reestruturação da máquina pública? É preciso construir uma agência metropolitana. São Paulo e Minas têm. Consórcios intermunicipais, orçamento territorializado por município ou região. Tendo como exemplo, como pode Friburgo não ter 500 empregos em turismo? MARIA APARECIDA : Isso mostra a ausência de institucionalização da política. A ansiedade de quem está lá gerindo deixar um legado de políticas públicas para as pessoas que vier depois poder prosseguir.</p>
